sexta-feira, 13 de maio de 2016

           PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
       Tenente Theophanes Ferraz Torres - Por Geraldo Ferraz


  Nasceu na cidade de Floresta, aos 27 de dezembro de 1894, filho primogênito de Fernandina Ferraz e Antônio Miguel Torres.
 Apresentou-se voluntariamente, ao então Regimento Policial do Estado de Pernambuco, aos 15 de janeiro de 1912, com 17 anos completos. Devido ao interesse e espartana dedicação ao serviço militar foi logo notado pelos superiores e, no primeiro ano de incorporação, obteve várias promoções: anspeçada, cabo de esquadra, furriel, primeiro sargento, sargento ajudante e alferes.
  Em 1913 foi nomeado delegado de Vila Bela, no ano seguinte foi nomeado novamente delegado da mesma cidade, promovendo a prisão de vários bandoleiros. Em setembro daquele ano, 1914, foi nomeado delegado de Taquaritinga, onde aconteceu um dos seus maiores feitos, a prisão do temível cangaceiro Antônio Silvino, também conhecido como "Rifle de Ouro" ou "Governador do Sertão". Por este ato de bravura foi promovido ao posto de tenente e nomeado delegado de Limoeiro.
   Em 25 de novembro de 1915 casou em Floresta com a Srta. Amélia Leite Leal.   
   Em fevereiro de 1916, foi nomeado delegado de polícia de Salgueiro.
  Em janeiro de 1917, devido a morte do prefeito eleito Júlio Brasileiro, no Recife, foi incumbido de garantir a ordem na cidade de Garanhuns, sendo nomeado delegado em Comissão. Ao chegar a cidade encontrou terrível hecatombe. Tratou então de impor a ordem com muito sacrifício, pois o seu contingente era pequeno e a cidade estava tomada por bandoleiro. Depois foi nomeado delegado de Garanhuns, e durante esse período efetuou a prisão de vários criminosos envolvidos na hecatombe de Garanhuns, por conta deste trabalho, foi promovido ao posto de Capitão e nomeado Comandante do Esquadrão de Cavalaria.
   Em novembro de 1920 em diligência ao Sertão, a fim de combater cangaceiros que aterrorizavam a Serra de Umã, foi gravemente ferido e só não foi morto graças a coragem dos seus leais soldados.
  Após enfrentar os revoltosos de 30, foi depois preso e jogado em uma cela da Casa de Detenção, sem as minimas condições de higiene e humanidade, sendo posto em liberdade vigiada no dia 21 de outubro de 1930. Vencido, desiludido e doente, acabou falecendo em 11 de setembro de 1933, na cidade de Vila Bela.
  

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