sábado, 30 de abril de 2016

       PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
      CAPITÃO FRANCISCO SALES VILA NOVA E MELO



   O capitão Francisco Sales Vila Nova e Melo nasceu em Bonito no dia 31 de março de 1872, era filho de João Cândido de Melo e Ana Hortência Vila Nova. Aos dois anos foi trazido pelos pais para Garanhuns. Do seu matrimônio com D. Prima nasceram oito filhos: Aurora, Abel, Aurina, Agnaldo, Zélia, Plínio, Mario e Zara.
   Foi um cidadão sempre caridoso e voltado para os mais pobres, no seu trabalho social foi rábula, advogado sem diploma, Foi fundador da Funerária Deus, Amor e Caridade com objetivo ade ajudar os desamparados,  foi um dos idealistas da Comissão Pro-flagelados da seca de 1915, recolhendo mantimentos e roupas para os exilados que vieram para Garanhuns, realizava todos os anos o Natal das Crianças Pobres, onde presenteava as meninas com brinquedos e guloseimas. Seu nome chegou a ser citado na revista The Missionary Survey, nos Estados Unidos, como um homem muito caridoso de Garanhuns que todos os anos fazia uma festa de Natal para as crianças pobres. Recebeu duas menções honrosas e duas medalhas de ouro nas exposições de produtos e cereais de Turim e Bruxelas. 
Após cometer o assassinato do Coronel Júlio Brasileiro foi defendido no tribunal de Justiça pelo Dr. Brito Alves, sendo absolvido no dia 12 de dezembro de 1917. Retornando a Garanhuns continuou ajudando os mais carentes. Ocupou o cargo de administrador do açougue público municipal até 22 de março de 1949, quando se aposentou. Faleceu em 07 de julho de 1959, aos 87 anos, sendo enterrado no município de Jupi. Em 28 de outubro de 1960 foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Garanhuns com o nome de uma Rua, transversal entre a Rua Augusto Calheiros e Salatiel Pessoa, no Bairro da Boa Vista. (Lei nº 317 - Livro de Resoluções da Câmara de Vereadores de Garanhuns página 130 ). 
        
       Pesquisa realizada pelo professor Cláudio Gonçalves.
        PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
               JÚLIO EUTÍMIO DA SILVA BRASILEIRO
        
       O Tenente-Coronel Júlio Eutímio da Silva Brasileiro nasceu em Garanhuns em 30 de outubro de 1867, era o nono filho do casal Antônio Cesário da Silva Brasileiro e Maria Pinheiro da Silva Burgos, sendo os seus irmãos: Antônio Cesário, Leopoldina, Maria Leonila, Guilhermina, Manoel, César, Jacinta, Emília, Idalina, Olindina e Hermínia. Após a morte de Maria Pinheiro Burgos, o seu pai se casou com Mariana Ferreira Carneiro, resultando a seguinte prole: Eutíquio, Jesualdo, Dumouriez, Maria Palmeirina e Aurélia. 
    Foi o seu avô Manoel Joaquim da Silva, residente em Recife, que em 1852 devido encontrar diversas pessoas com o mesmo nome e até um preso e processado, resolveu assinar a partir daquele ano por Manoel Joaquim da Silva Brasileiro. 
     Depois que o seu pai Antônio Cesário Brasileiro decidiu residir com a família em Palmares, Júlio Brasileiro continuou na cidade se dedicando a atividade comercial e agrícola, tornando -se proprietário de uma das maiores fazendas da região, a fazenda Brasileiro, localizada no município de Brejão, contabilizando mais de um milhão de pés de café. 
    Iniciou na política apoiando o partido do Dr. Luis Afonso de Oliveira Jardim, Juiz de Direito e chefe político de Garanhuns. Na eleição de 1911 para governador do Estado, apoiou juntamento com Antônio Souto Filho o General Dantas Barreto, se tornando dissidente do Jardinismo, consequentemente com a renuncia de Argemiro Miranda, na eleição de 30 de março de 1912 é eleito prefeito de Garanhuns com 1.128 votos, tomando posse em 22 de maio de 1912. 
     Na sua administração deu inicio a arborização da cidade, o processo de eletrificação e água encanada e foi inaugurada duas estradas de rodagens partindo de Garanhuns, terminando uma em Correntes e a outra em Águas Belas. 
      Concluído o seu mandato foi eleito Deputado Estadual em 1914. Como deputado estadual conseguiu a implantação do segundo telegrafo em Garanhuns, que ficava na Avenida Santo Antônio, o primeiro estava localizado na Estação Great Western (Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti). 
  Em 10 de Julho de 1916 foi novamente candidato a prefeito de Garanhuns, numa eleição tumultuada, e de ameças por parte dos seus correligionários contra os seus concorrentes. Embora tenha sido eleito com 1.114 votos, a oposição derrotada contestou, pois o Coronel Júlio Brasileiro era inelegível, pois não poderia ser candidato a prefeito antes do termino do seu mandato de deputado. O Governador Manoel Borba numa manobra política marca uma nova eleição para 07 de janeiro de 1917, a oposição discordando do governo retira a candidatura dos doutores Rocha Carvalho e Borba Junior . Realizada a eleição em 07 de janeiro, o resultado sairia um mês depois, mas Coronel Júlio não chegaria a tomar posse pois seria assassinado no dia 14 de janeiro no Café Chile em Recife, pelo Capitão Sales Vila Nova, que dois dias antes havia sido violentamente espancando quando retornava a sua casa por pessoas ligadas ao prefeito eleito, atribuindo Capitão Sales Vila Nova a Júlio Brasileiro como sendo o autor intelectual da surra. Capitão Sales Vila Nova viaja ao Recife prestar queixa ao comandante de Polícia, e acaba encontrando Júlio Brasileiro no terrasse do Café Chile, a Praça da Independência, quando ocorre o desfecho fatídico.  
      Em homenagem ao prefeito eleito, no Bairro de Heliópolis, foi dado o nome a Avenida Júlio Brasileiro. 
                         Pesquisa realizada pelo professor Cláudio Gonçalves.
                                        Avenida Júlio Brasileiro - Bairro de Heliópolis
                     

sexta-feira, 29 de abril de 2016

PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
   LUIZ GONZAGA JARDIM
        

Bico de Pena - Artista plástico Espedito Dias.

    O jovem Luiz Gonzaga Jardim nasceu em Garanhuns em 1899, era o terceiro filho do casal Luiz Afonso de Oliveira Jardim, juiz de Direito da Comarca de Garanhuns e Secunda Ferraz Jardim, eram seus irmãos Solon e José Jardim, ambos oficiais que serviram a Volante.
     Após a morte dos pais, Gonzaga Jardim ficou sobre os cuidados do seu tio Manoel Antônio de Azevedo Jardim, sendo tratado como um verdadeiro filho. O jovem era um rapaz polido, alegre e devotado aos estudos. Em janeiro de 1917 estava em Garanhuns de férias escolares do Colégio Salesiano do Recife. Durante esse período aproveitou para matar saudade dos familiares e amigos.     No dia 15 de janeiro, dia que chegou a notícia do assassinato do Coronel Júlio Brasileiro no Café Chile em Recife, estava o jovem na casa do tio Manoel Jardim quando a casa foi atacada por partidários do Julismo e foi um dos membros da família Jardim que relutou para que o seu tio Manoel Jardim não se recolhesse a cadeia, devido as ameaças hostis que se escutavam pelas ruas de uma vingança aquela família. 
   Momentos antes do ataque fatal a cadeia, Gonzaga Jardim fora visitar os tios Manoel Jardim, Francisco Veloso, Argemiro Miranda e Júlio Miranda, infelizmente quando confortava seus parentes foi apanhado de surpresa com o cerco a cadeia e posteriormente a invasão do quarto da Guarda Nacional, sem chances para empreender uma fuga assim como todos que estavam ali indefesos, não lhe foi poupada a vida pelos facínoras. O seu primo e escritor Luiz Jardim escreveria anos depois um livro intitulado As Confissões do Meu Tio Gonzaga. 
         Fonte: Livro Anatomia de uma Tragédia - A Hecatombe de Garanhuns - Mario Marcio de Almeida Santos. 


                   PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
                                SÁTIRO IVO DA SILVA
                           Bico de Pena - Artista plástico Espedito Dias.


    O Major Sátiro Ivo da Silva, nasceu em 1876, casou-se com Maria Clotilde de Oliveira Ivo, filha do Coronel José Lourenço, Presidente do Conselho Municipal de Águas Belas. Deste matrimônio tiveram a seguinte prole: Maria do Carmo, Nizan, Inaya, Alba e Sátiro Ivo Junior. 
 Major Sátiro Ivo era personalidade de destaque no setor comercial em Garanhuns, sendo proprietário de firma e bolandeiras. Na política ocupou o cargo de conselheiro municipal, contribuindo para o desenvolvimento de Garanhuns, preferia dialogar sobre o progresso da cidade, contribuir para que esses ideais fossem concretizados e exercer a sua cidadania. Os jornais do Recife sempre traziam notas de eventos culturais, religiosos e partidários ocorridos no município, e neles sempre estava presente o Major Sátiro Ivo. Era respeitado e admirado pelos amigos pela cordialidade e amabilidade com que tratava as pessoas. 
  Major Sátiro Ivo foi também um dos que se recolheram na cadeia em 15 de janeiro de 1917, diante das ameaças sofridas naquele dia. Quando estava ali recolhido momentos antes da invasão foi procurado pelo amigo e funcionário da sua firma, Apolônio Leite, que o aconselhou a retornar a sua casa e fugir. Consciente da sua inocência na morte do Coronel Júlio Brasileiro e confiante que ninguém ousaria invadir aquele local, permaneceu com os amigos, tendo o mesmo destino trágico. 
   Em homenagem ao ilustre comerciante, a principal Avenida do Bairro do Magano recebeu o seu nome: Avenida Sátiro Ivo. 
           
                                                 Clotilde Ivo e Major Sátiro Ivo

   Fonte: História de Garanhuns - Alfredo Leite Cavalcanti, Jornal A Província e Jornal Pequeno.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

                PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
                  IRMÃOS ARGEMIRO E JÚLIO MIRANDA
                               

                                             Bico de Pena - Artista Plástico Espedito Dias.

      Júlio Tavares de Miranda nasceu em 1872, era casado com Ignez Guilherme de Miranda, eram seus filhos: Delmiro, Luiz, Maria José, João, Pedro, José Guilherme e Carlos. Conceituado fazendeiro e comerciante em Garanhuns e na Capital Pernambucana, onde em sociedade com seu irmão Argemiro Miranda possuía um estabelecimento comercial.  Em Garanhuns eram sócios do principal armazém da cidade, chamada Bela Aurora ou Armazém das 12 Portas. 
    Argemiro Tavares de Miranda nasceu em 1869, era casado com Mirandolina Souto de Miranda, eram seus filhos:Arnaldo, Argemiro e Theotônio. Argemiro Tavares de Miranda, se destacou na sociedade garanhuense no jornalismo e na pintura, ensinando ao sobrinho e futuro escritor Luís Jardim os primeiros traços da arte de desenhar. 
   Argemiro Miranda foi eleito prefeito de Garanhuns em 22 de março de 1911, após haver uma nova eleição para preenchimento do cargo do executivo, em virtude, da renuncia do prefeito Antônio Isaac de Macedo. Devido a perseguições políticas e restrições financeiras impostas pelo governador General Dantas Barreto, o Tenente-Coronel Argemiro Miranda renuncia ao cargo em fevereiro de 1912.
   Apesar do curto período do seu governo, Argemiro Miranda fez uma profícua administração. A iluminação pública foi restaurada com a substituição do carboreto por lâmpadas a álcool e com novos postes. Limpou a cidade do mato que crescia nas ruas e fez aplainamento das mesmas, aterrando os fossos causados pela erosão pluvial. Deu início ao alargamento das calçadas  e o seu nivelamento, padronizando também as larguras por dois ou três metros, conforme as ruas.
  Argemiro e Júlio Miranda foram vítimas da Hecatombe de Garanhuns. Em homenagem aos irmãos Mirandas a Praça em que ficava a cadeia, chamada Praça da Independência passou a se chamar até os dias de hoje Praça Irmãos Miranda. 
   A Família Miranda eram oriundos de Panelas dos Mirandas, sendo os pais de Júlio e Argemiro, o senhor Theotônio Miranda e D. Mira Miranda.
       Fonte: História de Garanhuns - Alfredo Leite Cavalcanti e pesquisa realizada pelo professor Cláudio Gonçalves. 
          
  
       
                                       Praça Irmãos Miranda - Centro de Garanhuns

            PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
                         DR. ANTÔNIO BORBA JUNIOR
                               Bico de Pena - Artista plástico Espedito Dias.
    Dr. Antônio Borba Junior nasceu na Bahia em 1889 e se formou pela Faculdade de Medicina daquele Estado. Veio para Garanhuns em 1914  exercer a profissão, onde nos primeiros meses de estadia residiu na casa de uma tia e dos seus dois primos, depois alugou uma residência na Avenida Santo Antônio nº 22, mantendo também o seu consultório, tendo como companheiro o amigo e cirurgião dentista Osório Souto, que também havia se formado pela Faculdade de Medicina da Bahia.
     Na eleição para prefeito de Garanhuns em 10 de julho de 1916, foi candidato a sub-prefeito, na chapa de oposição que tinha o Dr. José da Rocha Carvalho como candidato a prefeito, concorrendo os médicos contra a chapa formada pelo Coronel Júlio Brasileiro, prefeito, Capitão Thomaz Maia, sub-prefeito. 
     Derrotados nesta eleição, Dr. Borba Junior voltou as suas atividades, o qual gozava de prestígio e era amado pela sua clientela.
    Com o assassinato de Júlio Brasileiro no Café Chile em Recife em 14 de janeiro de 1917 e com a chegada da notícia no dia seguinte, a sua casa foi invadida por vários homens armados, que acreditando que os adversários políticos do Coronel Júlio Brasileiro eram os autores intelectuais do crime e entre eles o Dr. Borba Junior por ter sido adversário político na eleição de julho de 1916, o médico foi covardemente agredido e depois levado para cadeia pública, sendo vitimado quando a cadeia foi invadida por dezenas de homens armados, que queriam vingar a morte do chefe político, Júlio Brasileiro.  

             PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS
                     FRANCISCO VELOSO DA SILVEIRA
                              Bico de Pena - Artista plástico Espedito Dias.
                                
      Francisco Veloso da Silveira nasceu em 1862. Era casado com Alexandrina Jardim Veloso da Silveira, Xandu, o casal não deixou filhos. 
         O Tenente-Coronel Francisco Veloso da Silveira, era proprietário de terras e de farmácia em Garanhuns.  Foi eleito prefeito de Garanhuns em 10 de setembro de 1898 obtendo 558 votos, enquanto o seu adversário o Alferes Joaquim Correia Brasil Junior obteve 131 votos. Seu mandato foi concluído em 1901. Durante a sua administração foram realizados melhoramentos urbanos, calçando algumas ruas da cidade.
       Em 10 de julho 1904 voltou a concorrer ao cargo de prefeito do município sendo novamente eleito. No seu segundo mandato a sua visão política concentrou-se no sentido de melhorar a iluminação pública, substituindo a iluminação de lampiões de querosene por carbureto em postes de madeira. A atual Avenida Santo Antônio foi servida por oito desses postes. Devido as enxurradas que causaram vários estragos nas ruas da cidade foram feitos reparos nos locais prejudicados, sendo feito os calçamentos. 
       Devido ao estado contristador do prédio em que funcionava a cadeia pública de Garanhuns. O Prefeito Francisco Veloso em parceira com o Governo do Estado constrói em 1904 a nova cadeia (Prédio onde atualmente funciona a COMPESA, na Praça Irmãos Miranda). Local onde em 15 de janeiro de 1917 aconteceu a Hecatombe de Garanhuns e Francisco Veloso seria uma das vítimas.


                 Fonte: História de Garanhuns - Alfredo Leite Cavalcanti e Jornal do Recife.

         PERSONAGENS DA HECATOMBE DE GARANHUNS

                                          Bico de Pena - Artista Plástico Espedito Dias


      Manoel Antônio de Azevedo Jardim, nasceu em 1867, era casado com Angélica Aurora de Miranda Jardim, do casal nasceram Maria das Dores, Maria do Carmo e Luís Inácio de Miranda Jardim, que se tornaria um dos mais célebres escritores do país. 
       Foi o 2º prefeito eleito de Garanhuns, obtendo na eleição 631 votos. Na sua administração que se estendeu de 1895 a 1898 criou a primeira escola pública do municipal para o curso primário, sendo a primeira professora dona Maria Jardim.
    Na eleição para o mandato de 1901 a 1904 foi novamente eleito prefeito de Garanhuns. As principais realizações do seu segundo governo foi a compra de um prédio que servia de armazém ao Sr. Belarmino da Costa Dourado, a finalidade era reconstruir o Paço Municipal, em virtude, do edifício do Paço da Câmara encontrar-se em estado ruinoso. O prédio ficava localizado no edifício do antigo Fórum e depois Associação Comercial de Garanhuns, na Avenida Santo Antônio. Outros Atos do seu governo foram a criação da segunda escola municipal de curso primário e inauguração do primeiro serviço de iluminação pública, composta aproximadamente de 40 lampiões a querosene, afixadas nas esquinas das ruas e becos da cidade. 
    Manoel Antônio de Azevedo Jardim foi prefeito de Canhotinho, eleito Deputado Estadual em duas oportunidades e professor jubilado. Em 15 de janeiro de 1917 foi uma das vítimas da Hecatombe.
                                                        
                  Fonte: História de Garanhuns - Alfredo Leite Cavalcanti.





domingo, 24 de abril de 2016

sábado, 23 de abril de 2016



         JORNALISTA ROBERTO ALMEIDA DIVULGA BLOG DA COMISSÃO DO MEMORIAL DA HECATOMBE



    Garanhuns agora tem um blog para divulgar os trabalhos da Comissão do Centenário da Hecatombe, tragédia que abalou a cidade no ano de 1917, com dezenas de mortes no município e região, como vingança pelo assassinato do deputado Júlio Brasileiro, que hoje dá nome a uma das principais ruas do bairro de Heliópolis.

    Artigos, documentos, fotos e muita informação sobre a Hecatombe, você confere neste blog voltado para a História do Município. Um dos integrantes da Comissão e responsável pelo blog é o professor Cláudio Gonçalves, autor de um romance a respeito do fato histórico que ocorreu em Garanhuns quase um século atrás.
                                                                 Blog Roberto Almeida




SOLDADOS MORTOS NA HECATOMBE DE GARANHUNS SÃO REFERENCIADOS NO 
34º ANIVERSÁRIO DO 9º BPM 




     Foi realizada na manhã do dia 19 de abril no pátio externo da Sede do 9º BPM Solenidade Militar, alusiva ao 34º aniversário da fundação do Batalhão Arruda Câmara, sediado em Garanhuns. Atualmente o Batalhão é comandado pelo Tenente-Coronel Ely Jobson Bezerra de Melo. Na solenidade fazendo menção a história da Polícia Militar em Garanhuns, o comando destacou que antes da criação do 9º Batalhão a Polícia Militar já se fazia presente no município desenvolvendo sua principal missão, de oferecer segurança pública aos munícipes, destacando que no início do século XX, precisamente no dia 15 de janeiro do ano de 1917, a PMPE participou do evento, que ficou marcado na História da Cidade, a Hecatombe de Garanhuns, quando a cadeia pública, foi invadida por 120 homens armados, e em ato heroico, o Cabo Antônio Pedro de Souza (Cabo Cobrinha), Comandante da Guarda da cadeia, e mais quatro soldados, Ezequiel Cabral de Souza, Francisco Maciel Pinto, Pedro Antônio Dias e  Manoel João de Oliveira, resistiram bravamente, até que tombaram sem vida, todos os cinco militares ali de serviço, no estrito cumprimento do dever legal, ao total 16 vidas foram ceifadas naquele lugar. Antes da invasão, o Cabo Cobrinha, proclama a seguinte frase: “Só entram aqui, depois de passar por cima do meu cadáver”, e assim de fato ocorreu.
          Durante a invasão conseguiu escapar o sargento Pedro Cavalcanti Malta, que auxiliou a Guarda e pertencia ao 3º Batalhão, com destacamento em Bom Conselho. 
          o Tenente Moab Teles Rocha é um dos membros da Comissão do Memorial. 



PRIMEIRO ENCONTRO DA COMISSÃO DO CENTENÁRIO DA HECATOMBE DE GARANHUNS





          No dia 16 de abril, a Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe de Garanhuns teve o seu primeiro encontro na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, em pauta a apresentação de sugestões de atividades para vivenciar o seu centenário. Na ocasião foram apresentadas pelos representantes das entidades e das famílias várias ações objetivando trabalhar o tema com a sociedade, educadores, estudantes e pesquisadores, sendo relevantes as idéias e projeções para proporcionar o conhecimento e estudo da Hecatombe de Garanhuns. A Comissão já deliberou algumas ações e estaremos em breve divulgando no blog para que você participe das atividades e contribua com a nossa história.  


CRIADA A COMISSÃO DO MEMORIAL DO CENTENÁRIO DA HECATOMBE DE GARANHUNS




           A Comissão do Memorial da Hecatombe de Garanhuns foi instalada em 10 de março de 2016, considerando o Decreto 095/2015 de dezembro de 2015 e Portaria Nº 472/2016 GP, assinados pelo Prefeito Izaias Régis Neto. O objetivo da Comissão é organizar exposições, palestras, estudos e debates com a sociedade garanhuense no transcorrer de 2016, em virtude da Hecatombe de Garanhuns ter ao longo dos anos provocado o surgimento de várias versões, concomitante despertado a curiosidade demuitos pesquisadores e estudantes. Na caminhada para vivenciar o centenário da Hecatombe de Garanhuns, em 15 de janeiro de 2017, um dos maiores fatos históricos ocorridos no período da República Velha, a Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe de Garanhuns, discutirá metas para proporcionar que a população possa apreender que esse fato histórico não se resume a sua passagem truculenta, mas remete a conhecer uma Garanhuns de progresso e exuberância, que tem nos principais políticos, personagens da Hecatombe de Garanhuns, uma grande contribuição para o seu desenvolvimento político, econômico e Cultural.

       A Comissão do Memorial da Hecatombe de Garanhuns ficou composta pelos seguintes membro: Wilza Alexandra de Carvalho, representante da Prefeitura Municipal de Garanhuns; Ten. PM Moab Teles Rocha, representante da Polícia Militar de Pernambuco; Audálio Ramos Machado Filho, representante da Diocese de Garanhuns; Ivanice Rodrigues Leite, representante da Igreja Presbiteriana Central, Glauco Brasileiro de Lima, representante da família Brasileiro; Luís Afonso de Oliveira Jardim, representante da família Jardim; Alba Regina de Medeiros Duarte, representante da família Ivo; escritor Antônio Vilela de Souza, representante da Câmara de Vereadores de Garanhuns; Anselmo Fábio Barbosa Batista, representante da Câmara de Diretores Lojistas e José Cláudio Gonçalves de Lima, representante do Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns.