quarta-feira, 31 de maio de 2017

     COMO SURGIU O HINO DE GARANHUNS

  ENTREVISTA COM O COMPOSITOR GARANHUENSE JOÃO MARQUES DOS SANTOS
   Por: Cláudio Gonçalves de Lima.

      O Hino de Garanhuns é motivo de orgulho para todos os garanhuenses. Quando ouvimos a sua execução, somos tomados por um sentimento de emoção e grande altivez. Frequentemente ouvimos comentários elogiosos sobre a composição, cuja letra retrata fielmente as belezas naturais, pedaços do céu, Salve as Sete Colinas, as grandezas que se revelam no presente e no futuro de Garanhuns e as passagens históricas, em que os filhos da Terra evocam os teus vales que esconderam os fugitivos de cor, a liberdade que da Terra arvora, o lema “Ad Altiora Tendere”, a bandeira sagrada e serena e o feito histórico de Simôa Gomes.  Cada verso do hino expressam com realismo o que os filhos de Garanhuns gostariam de exprimir ao mundo sobre o amor que sentem pela Cidade das Flores e como é dito em um dos seus versos: Cantando com a alma que sente. 
Compositor João Marques e Cláudio Gonçalves. 
     A composição do Hino de Garanhuns desperta curiosidades, entre elas, como surgiu à inspiração do autor para produzir uma obra que se perpetuará no tempo.
    João Marques dos Santos relata nessa entrevista inédita com riquezas de detalhes, um dos momentos que marcaram a História de Garanhuns e também profundamente a sua vida.
    Recorda o compositor João Marques, que em dezembro de 1995 no governo do então Prefeito de Garanhuns, Bartolomeu Souto Quidute, este enviou um convite ao Grêmio Cultural Ruber Van Der Linden solicitando a composição de um hino para o município, pois desejava concluir o seu mandato deixando um hino para Garanhuns. João Marques ficou com a incumbência da composição.
    Encarregado de compor o hino, João Marques pegou o velho violão Giannini, e sabendo apenas ensaiar alguns acordes, conscientizou-se de que fazer o Hino de Garanhuns seria uma tarefa difícil e importante.
     Naquele momento ao iniciar a composição, o autor relembrou que na sua juventude, assistia a uma apresentação de Luiz Gonzaga na Rádio Difusora de Garanhuns em 1957, quando o cantor antes de apresentar de cantar a música a Feira de Caruaru, disse à plateia que Garanhuns merecia também uma música bonita e fez então um apelo aos compositores da cidade para fazerem uma música. Luiz Gonzaga gravaria em 1978 em seu disco intitulado Dengo Maior a música do cantor e compositor Caruaruense Onildo Almeida, Onde o Nordeste Garoa, homenagem a Garanhuns. Diante de um dos maiores desafios de sua vida, João Marques, lembrou-se momentos antes de compor o Hino de Garanhuns do apelo de Luiz Gonzaga e se motivou para fazer a música bonita que o Rei do Baião havia pedido aos compositores de Garanhuns há 38 anos atrás.
     Fechou os olhos e pediu a Deus que o iluminasse para fazer uma canção que o povo de Garanhuns queria, fez um acorde em Fá Maior e iniciou a música e letra, sentindo uma grande fluência em seu pensamento ao cantar a primeiro verso: Filhos da Terra, oh! gente.
    Afirma o compositor que de todas as músicas e poesias que fez, o Hino de Garanhuns foi o mais fácil e rápido. Um processo de produção que teve início na sala de sua casa (Rua Desembargador João Paes, nº 60) á noite e foi concluída pela manhã, cerca de três horas. Durante a composição o autor teve a preocupação de adaptar o hino à topografia do solo de Garanhuns, com seus altos e baixos, para que ao cantarmos sentíssemos como se estivéssemos percorrendo as ladeiras de Garanhuns. Confessa João Marques, que teve todo o cuidado para não fazer um hino parecido com outros e deu toda originalidade possível na letra e na música.
     Feita a composição procurou imediatamente o prefeito Bartolomeu Souto Quidute e tendo mostrado o seu trabalho foi de imediato aceito e em seguida submetido á apreciação de algumas famílias tradicionais do município, que aprovaram o belíssimo Hino de Garanhuns.
     O governo municipal enviou a composição para o consagrado Maestro Duda, José Ursicino da Silva. Colocado os arranjos, o compositor João Marques admirou-se quando ouviu o arranjo musical do famoso Maestro Pernambucano, pois a composição não havia sofrido nenhuma alteração e contemplava trinados latinos, conforme queria o compositor, um arranjo que desse a música uma sensibilidade latina, em vez dos tradicionais hinos heroicos da Europa. Além do belíssimo arranjo, o Coral do Conservatório de Música do Recife interpretou de forma magnífica o Hino de Garanhuns.
     No dia 02 de fevereiro de 1996, o Prefeito de Garanhuns, Bartolomeu Quidute, sanciona a Lei nº 2793 aprovada pela Câmara de Vereadores de Garanhuns, tornando oficial o Hino do Município de Garanhuns.
    O Hino de Garanhuns foi executado pela primeira vez no dia 03 de fevereiro de 1996, em solenidade acontecida á noite no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, sendo o hino interpretado por Dalva Diniz e Jurandir Tenório com acompanhamento do 71º Batalhão de Infantaria Motorizado de Garanhuns.
    Passados 21 anos do lançamento do Hino de Garanhuns, o autor admira-se de o povo de Garanhuns gostar tanto da peça musical, e percebe que o hino e muito admirado pelas pessoas das cidades vizinhas, Capital e turistas.   
     Revelou-nos João Marques que três personalidades da Cultura apresentaram os parabéns ao autor, foram eles: O Mestre Dominguinhos, o Mastro Duda, e o maestro do Conservatório de Música de Recife.
     O autor terminou a sua narração estampando no rosto a sua emoção ao descrever a história do Hino de Garanhuns, e dizendo-nos, que considera suas duas grandes honras na vida: Ter nascido em Garanhuns e composto o seu hino.
     Os meus agradecimentos ao poeta, escritor e compositor, João Marques dos Santos, pela honra de poder escrever esses relatos inéditos de um momento que em o seu hino de fulge esplendor, tornou-se patrimônio de todos os garanhuenses, e autor e hino entraram para os anais da História de Garanhuns.
* O escritor, poeta e compositor João Marques dos Santos, ex-funcionário do Banco do Brasil, nasceu em Garanhuns no Sítio Timóteo em 13 de julho de 1940, na Mochila, filho de Vicente Quirino dos Santos e Maria Marques dos Santos, descende da fundadora de Garanhuns Simôa Gomes de Azevedo, ocupou honrosos cargos na Cultura de Garanhuns, entre eles, Ex-Presidente da Academia de Letras de Garanhuns e Diretor de Cultura de Garanhuns. O Mochileiro João Marques também é um dos sócios fundadores do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns.
  
                  HINO DE GARANHUNS
                      Letra e Música: João Marques dos Santos
                       Arranjos: Maestro Duda

Filhos da terra, oh! gente,
Ergam a voz, brilhem as frontes,
Cantando com a alma que sente
E que vai nas brisas dos montes.

Salve Garanhuns!
Os jardins, as palmeiras e alguns
Pedaços do céu... mãos divinas!
Salve as sete colinas!

Nos anais, "Florescente e garbosa
Garanhuns", fostes sempre assim.
A elegância, a beleza da rosa,
As paisagens, estesias sem fim.
Os teus vales bravios outrora
Esconderam fugitivos de cor...
A liberdade da terra arvora
Estes homens de novo pendor.

E o lema "Ad Altiora Tendere"
É o mais fervoroso ideal.
A bandeira, sagrada e serena,
E Simôa da história fanal.

Tuas belezas, cidade das flores
E os ares, poema acolhedor...
Ai! Suspiros! Que vida, que amores
Neste hino, que fulge esplendor.

Clique no link abaixo para ouvir o Hino de Garanhuns




segunda-feira, 22 de maio de 2017

       UM PATRIMÔNIO DO JORNAL O MONITOR: GENIVALDO RODRIGUES DE MELO

   Genivaldo Rodrigues de Melo, em sua simplicidade, guarda a história de um época áurea do jornalismo garanhuense, período em que trabalhou no antigo Jornal O Monitor, ao lado de grandes jornalistas da nossa Terra de Simôa.
Genivaldo Rodrigues de Melo. 
   Genivaldo Rodrigues, nasceu em Garanhuns no dia 28 de setembro de 1962, filho do Jornalista e escritor José Rodrigues da Silva e Neuza Bezerra de Melo. Por influência do seu progenitor, o saudoso José Rodrigues, começou a trabalhar no Jornal O Monitor no dia 28 de novembro de 1978. Gradualmente foi exercendo várias funções naquele conceituado jornal, iniciou como chapista, sendo responsável pela confecção de formulários, talões, convites, livros, revistas e literaturas de cordéis. Depois passou a ser o impressor do jornal, imprimindo todos os impressos comerciais e da Prefeitura de Garanhuns. Se destacando cada vez mais na equipe, logo ascendeu a função de paginador, montando as páginas dos jornais, onde distribuía todas as matérias. O seu trabalho de chapista e paginador foi além de uma profissão, mas uma arte, que lhe exigia, paciência, habilidade e criatividade, devido a montagem das letras para confecção das páginas.
      Enquanto esteve em circulação, conta-nos Genivaldo Rodrigues, que o Jornal O Monitor, contribuiu de forma significativa para a divulgação da cultura, política, economia, utilidade pública e servidores municipais, pois também exercia o papel de Diário Oficial, publicando as deliberações do governo municipal. O Jornal O Monitor de grande aceitação em toda a região, chegou a ter assinantes em diversos Estados brasileiros e também de países da América do Sul, como o Paraguai, Uruguai e Bolívia, e na Europa,  Portugal.  

      O Jornal O Monitor ganhou credibilidade com a sociedade, sendo o seu diferencial o jornalismo sério, responsável e dinâmico, contando com jornalistas históricos, Rossini Moura, Humberto de Morais, Ulisses Pinto, Ivonita Guerra, Luzinete Laporte, Gilvandi de Luna, José Francisco de Souza, Lúcio Mauro, Antônio Edson, Hildeberto Martins, o seu progenitor José Rodrigues da Silva, entre outros, que faziam um jornalismo compromissado com a veracidade dos fatos, além de edições de crônicas, poesias e textos históricos que marcaram época no jornalismo garanhuense.
      Genivaldo Rodrigues conta-nos que dois fatos lhe marcaram e que ocuparam as primeiras páginas do jornal, foram a explosão das barracas no Colunata, em 05 de junho de 1980 e o assalto ao Banco do Brasil.
      Atualmente, o dedicado funcionário Genivaldo Rodrigues de Melo, permanece no quadro de funcionários do município de Garanhuns, trabalhando na antiga gráfica municipal, completados até o momento 38 anos e 4 meses de serviços prestados com dignidade ao município de Garanhuns.
      
Casado com Cristiane Morais de Melo, formam a sua prole: Geisa Maria de Melo, Geison Jeferson de Melo, Geise Jessica de Melo e a caçula Maria Thainá Morais de Melo. Sendo seus netos, Jonathan, Júlia e Giovana.
    Aqueles que foram leitores e admiradores do Jornal O Monitor, passam agora a conhecer um pouco da vida desse devotado funcionário que esteve por trás das páginas do nosso O Monitor, mas que foi essencial para a sua história
  Assim defini Genivaldo Rodrigues em palavras O Jornal O Monitor: “Um Jornal autêntico, histórico e verdadeiro”.

     

sábado, 11 de fevereiro de 2017


CÂMARA DE VEREADORES REGISTRA O CENTENÁRIO DA HECATOMBE E O ENCONTRO ENTRE AS FAMÍLIAS DEIXA UMA NOVA PÁGINA NA HISTÓRIA. 

    No dia 08 de fevereiro de 2107, ás 16 horas, em Sessão Ordinária, no Plenário da Câmara de Vereadores de Garanhuns, atendendo a solicitação do vereador Audálio Ramos Machado Filho, a Presidente da Casa Raimundo de Morais, Vereadora Carla Patrícia, concedeu em sessão o registro dos trabalhos realizados pela Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe de Garanhuns de março de 2016 á 15 de janeiro de 2017. O professor e escritor Cláudio Gonçalves foi o escolhido pelos membros da Comissão para historiar as atividades que aconteceram no centenário da Hecatombe, estando presentes os membros da Comissão, Dr. Alba Regina de Medeiro Duarte, Bisneta do Major Sátiro Ivo, Professor e Escritor Antônio Vilela de Souza e a escritora Ivonete Batista Xavier. Para o prefeito Izaías Régis, vereadores e os demais presentes, o professor Cláudio Gonçalves ressaltou a importância da instalação da Comissão por parte do Poder Executivo, explanou sobre as exposições, as visitas às famílias, a mensagem de paz e exaltou os principais políticos personagens da Hecatombe, Coronel Manoel Antônio de Azevedo Jardim, duas vezes prefeito e seis mandatos consecutivos de deputado, Tenente-Coronel Francisco Veloso da Silveira, duas vezes prefeito, Coronel Argemiro Miranda, ex-prefeito, Tenente-coronel Júlio Brasileiro, ex-prefeito e deputado estadual, Capitão Júlio Miranda e Major Sátiro Ivo, comerciantes de destaque estadual. 
Da esquerda para direita: Dra. Alba Regina (Bisneta do Major Sátiro Ivo), Kátia Brasileiro (Bisneta do Coronel Júlio Brasileiro),  Dr. Luis Jardim (Sobrinho do coronel Manoel Jardim, Coronel Argemiro Miranda, Capitão Júlio Miranda e Tenente-Coronel Francisco Veloso)

O palestrante reverenciou a todos pelas ações políticas que contribuíram para o desenvolvimento econômico, político, cultural e social de Garanhuns, sem esquecer o Capitão Francisco Sales Vila Nova, que também contribuiu enormemente para sociedade Garanhuense. O professor destacou que as reverências da bandeira do município a meio mastro no dia 15 de janeiro, a caminhada da Paz, a placa afixada na Loja de Atendimento da Compesa, o culto e a missa, foram ações de reconhecimento das memórias que tinham que ser preservadas, pois esse centenário visou mostrar os valores e não a violência. Também lembrou o Cabo Cobrinha e os soldados mortos, e o Tenente Theophanes Torres que pacificou a cidade, após a tragédia. Um pouco antes dos comentários finais, chegou ao Plenário da Câmara, a bisneta do Tenente-Coronel Júlio Brasileiro, Kátia Brasileiro, que acabara de chegar do Recife com a sua irmã Karine Brasileiro. Kátia Brasileiro presenteou a Comissão com um quadro centenário das Vítimas da Hecatombe. 

   O vereador Daniel da Silva ao final da palestra fez o requerimento a Presidência do Poder Legislativo Municipal para a aprovação de um voto de aplauso ao professor Claúdio Gonçalves e demais membros da Comissão.

  Outro momento emocionante aconteceria pouco tempo depois, o encontro entre as famílias Ivo, Brasileiro e Jardim. Registro que celebra a harmonia e sempre será lembrado. Só Deus escreveria tão bela página cem anos depois. (Texto José Cláudio Gonçalves de Lima).

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

BANDEIRA A MEIO MASTRO, CAMINHADA, INAUGURAÇÃO DE PLACA, CULTO E MISSA REGISTARAM OS 100 ANOS  DA HECATOMBE DE GARANHUNS.
               
Arte: Jackson Fitipaldi. 

   No dia 15 de janeiro, uma das maiores tragédias por questões políticas do interior de Pernambuco e que repercutiu dolorosamente na sociedade brasileira, a Hecatombe de Garanhuns, completou 100 anos. o dia foi marcado por diversas reverências as principais vítimas do episódio histórico.  
Bandeira a meio mastro em frente ao Palácio Celso Galvão. 
   As atividades promovidas pela Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe em parceria com a Prefeitura de Garanhuns tiveram inicio ás 7 horas com  o hasteamento da bandeira de Garanhuns a meio mastro em frente ao Palácio Celso Galvão,  Projeto de Lei Nº 4352/2017 de autoria do vereador Audálio Ramos Machado Filho, ato que será repetido a cada 15 de janeiro em memória as vítimas da Hecatombe. 
Caminhada da Paz
   Membros da Comissão, autoridades e o Grupo de Amigos Caminhantes do Parque ás 8 horas saíram do Parque Euclides Dourado em caminhada pelas ruas da cidade até a loja de atendimento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), sede da antiga cadeia pública da cidade, inaugurada em 1904 pelo prefeito Francisco Veloso da Silveira. No local, os caminhantes foram recebidos pela Orquestra Manoel Rabelo que executou músicas religiosas, o hino de Garanhuns e o toque de silêncio em homenagem as vítimas da centenária tragédia (Coronel Manoel Jardim, Tenente-Coronel Francisco Veloso, Coronel Argemiro Miranda, Capitão Júlio Miranda, Major Sátiro Ivo,  Dr. Antonio Borba Junior, Gonzaga Jardim, Cabo Antônio Pedro de Souza (Cobrinha) e os soldados Manoel João de Oliveira, Francisco Pinto Maciel, Pedro Antônio Dias e Ezequiel Cabral de Souza). O momento contou com a presença do Prefeito em Exercício, Haroldo Vicente, membros da Comissão da Memorial o Centenário da Hecatombe, representantes das famílias dos mortos na tragédia, Secretária de Comunicação social, Jacqueline Menezes, Controlador do Município, Glauco Brasileiro, que também é membro da Comissão do Memorial da Hecatombe. O descerramento da placa, que ficou fixada na entrada do prédio histórico, foi realizada pelo Prefeito em Exercício, Haroldo Vicente, Dr. Igor Galindo, Gerente da Unidade de Negócio da Compesa e Cláudio Gonçalves de Lima, Presidente da Comissão do Memorial da Hecatombe.
       Após o descerramento, foram plantadas duas mudas no jardim por duas integrantes dos Amigos Caminhantes do Parque, Selma Melo e professora Cicera.  
Descerramento da placa. 

     
Orquestra Manoel Rabelo. 
 Reproduzimos duas entrevistas do site da Prefeitura Municipal de Garanhuns realizadas no local por Aquiles Soares que faz parte da equipe de imprensa do Governo Municipal:
 “O fato é marcante não apenas para Garanhuns, mas para todo Pernambuco, já que foi uma das maiores tragédias políticas do estado. A comissão surgiu com esse objetivo, de resgatar figuras que foram importantes durante o episódio. Para que a população tome conhecimento do outro lado da história, não apenas da violência da hecatombe”, declarou o presidente da Comissão do Memorial, o professor Cláudio Gonçalves. 
Café da manhã - Sede da CDL-Garanhuns. 
O que foi a Hecatombe – O episódio, que aconteceu em 15 de janeiro de 1917, ficou marcado por ser uma série de assassinatos de comerciantes e políticos. O resultado da eleição teria motivado os assassinatos. Sales Vilanova, opositor político, matou o então prefeito eleito, Júlio Brasileiro, no dia 14 de janeiro, no Recife, capital do Estado. As outras pessoas foram assassinadas dentro da cadeia pública, onde estavam sob guarda. Os documentos mostram que mais de 15 pessoas foram mortas no período.Através de uma parceria com a Compesa, a sede da instituição permitiu que a comissão organizasse uma homenagem por meio de uma placa, que foi instalada na entrada do prédio onde ocorreu a chacina. Dentre os mortos no episódio estava o coronel Júlio Brasileiro, prefeito eleito na época e que não pode tomar posse por ter sido assassinado no dia 14 de janeiro daquele ano. “É importante ressaltar que apesar da tragédia, o que prevalece é a paz. O fato ficou na história do município, mas aquilo que houve no passado não reflete em nosso futuro. Nessa data realmente não há comemoração, a família apenas segue enlutada pelos cem anos da tragédia”, declarou o representante da família Brasileiro, o controlador municipal, Glauco Brasileiro. 
Culto Igreja Presbiteriana. 
    Na sequência foi oferecido um café da manhã aos presentes pelo Presidente da Câmara de Diretores Lojistas de Garanhuns, Geraldo Nogueira, na sede da Instituição. Complementando as atividades do centenário da Hecatombe de Garanhuns foi realizado um culto na Igreja Presbiteriana Central, ás 10 horas, ministrada pelo Pastor José Hugo Oliveira do Carmo e encerrando a programação aconteceu na Catedral de Santo Antônio, às 19:30 horas com a missa celebrada pelo padre Roberto Junior.  
Missa Catedral de Santo Antônio.
     Outras imagens deste evento e das palestras que aconteceram do dia 10 a 13 de janeiro de 2017 no Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns estão disponíveis no Grupo da Comissão no Facebook. Endereço para o acesso:  https://www.facebook.com/groups/1692869044306246/

  Agradecemos o apoio: Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, Prefeitura Municipal de Garanhuns, Secretaria de Comunicação Social, Secretaria de Turismo e Cultura, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação, AMSTT, Comando do 9º BPM, CDL-Garanhuns, Diocese de Garanhuns, Igreja Presbiteriana Central, Câmara de Vereadores de Garanhuns, SESC, COMPESA, Rádio Jornal, FM Sete Colinas, Marano FM, 87 FM, Jornal O Columinho, Jornal Cidade, Folha da Cidade, Correio Sete Colinas, Jornal o Monitor, Jornal Folha de Pernambuco, Jornal Diário de Pernambuco, blogueiros de Garanhuns e Região, os quais não citarei nomes para não omitir algum blog que contribuiu para a divulgação dos eventos, e por fim, a todos os membros da Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe de Garanhuns.  

sábado, 7 de janeiro de 2017

    HÁ CEM ANOS ACONTECIA A NOVA ELEIÇÃO PARA PREFEITO DE GARANHUNS.     
     
Tenente-Coronel Júlio Brasileiro. 

      Na eleição de 10 de julho de 1916, os resultados das urnas deram a vitória ao tenente-coronel Júlio Brasileiro, mas dias depois a eleição foi anulada, por motivo de inelegibilidade do deputado Júlio Brasileiro e a suspeita de títulos de eleitores duplicados. O governador Manoel Borba aliado do coronel Júlio Brasileiro, que pertencia ao seu partido (Partido Republicano Democrático), tomou como resolução marcar uma nova eleição para o dia 07 de janeiro de 1917, relegando os protestos da oposição. 

       A eleição de 07 de janeiro de 1917 aconteceu no domingo, desta vez, o coronel Júlio Brasileiro concorreu em chapa única, devido às desistências dos doutores Rocha Carvalho e Borba Junior que não concordaram a decisão do governador Manoel Borba. O capitão Thomaz Maia se mantinha como subprefeito na chapa. A eleição não deixou de serem marcadas por protestos, as manifestações foram lideradas por Francisco Grossi e o capitão Sales Vila Nova, que com um abaixo assinado solicitavam aos mesários das sessões eleitorais para que o documento fosse anexado as Atas de Votação, os lideres dos protestos, alegavam que muitos eleitores estavam votando com títulos antigos, pois em setembro de 1916 teria havia um novo alistamento e muitos eleitores não estavam aptos a votar. 

       Os partidários de Júlio Brasileiro incomodados com as manifestações afrontaram os líderes dos protestos com ameaças e xingamentos. Apesar de todo o tumulto, a eleição prosseguiu normalmente. O Resultado seria anunciado em 07 de fevereiro de 1917 e confirmaria a vitória do coronel Júlio Brasileiro, mas este não chegaria a tomar posse, em virtude, do trágico acontecimento no Café Chile em Recife, onde foi assassinado na noite de 14 de janeiro de 1917 pelo capitão Francisco Sales Vila Vila Nova, que suspeitava de ser o mandante do seu espancamento em Garanhuns em 12 de janeiro de 1917.  


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO CENTENÁRIO DA HECATOMBE

Confira a programação oficial do Centenário da Hecatombe de Garanhuns, que acontece de 05 a 15 de janeiro de 2017. O fato histórico completará 100 anos no próximo dia 15 de janeiro e será lembrado com uma exposição, palestras, culto de ação de graça e missa.

Haverá também sessão solene na Câmara de Vereadores, caminhada e uma placa alusiva a data que será fixada no prédio da Compesa, na Praça Irmãos Miranda, local onde ocorreu o fato histórico. Naquela época, no local, funcionava uma delegacia e a cadeia pública da cidade.   

PROGRAMAÇÃO: 

05 a 30/01 – Exposição do Memorial da Hecatombe de Garanhuns. Local: Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns - Praça Dom Moura, 44 - Centro -  Horário: 08:00 às 17:00 horas.

10/01
– Apresentação dos trabalhos da Comissão da Hecatombe – Vereador Audálio Ramos Machado Filho. Local: Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns. Horário: 19:30 horas.

11/01
– Palestra: “O Cangaço no Agreste Meridional” – Professor e escritor Antônio Vilela. Local: Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns. Horário: 19:30 horas.

12/01
- Palestra: “Hecatombe de Garanhuns – Interpretação Baseada na Política Salvacionista” – Professor e Escritor José Cláudio Gonçalves de Lima. Local: Academia de Letras de Garanhuns. Horário: 19:30 horas.

13/01
– Sessão Solene Câmara de Vereadores de Garanhuns – Homenagem do 9º BPM ao Cabo Cobrinha e aos soldados mortos na Hecatombe de Garanhuns e palestra: O jovem Tenente Theophanes Ferraz Torres e suas enérgicas providências na Hecatombe de Garanhuns - Escritor Geraldo Ferraz – Horário: 19:30 horas.

15/01
– Caminhada da Paz “Caminhantes do Parque”– Saída ás 07:00 horas do Parque Euclides Dourado.

- Fixação de placa na Loja de Atendimento da Compesa (antiga cadeia). Local: Praça irmãos Miranda. Horário: 09:00 horas.

 - Culto na Igreja Presbiteriana Central. Horário: 10:00 horas.

- Missa na Catedral de Santo Antônio. Horário: 19:30 horas.

Apoio: Prefeitura Municipal de Garanhuns, Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, Academia de Letras de Garanhuns, Compesa, 9º BPM, CDL, Caminhantes do Parque, Igreja Presbiteriana Central, Diocese de Garanhuns e SESC Garanhuns.